O tradicional modo de verificação dos processos de segurança (que aqui entende-se por security e não safety) utilizado pelas empresas que atuam com a movimentação internacional de mercadorias, onde o enfoque principal está voltado prioritariamente para a proteção contra roubos e avarias dentro das instalações já se encontra completamente obsoleto. Nos dias atuais, efetuar um mapeamento mais amplo, considerando a identificação do fornecedor ou cliente, bem como seus prestadores de serviço, é de fundamental importância para a conformidade da segurança relacionada aos processos na cadeia logística.
Este novo conceito é orientado pelas novas necessidades impostas pela Supply Chain Security, que determinam o gerenciamento das movimentações, a correta coordenação dos inventários e a existência de melhores alinhamentos entre as partes na cadeia logística, assim sendo, surge a necessidade de todos os elos desta cadeia em se comprometer com suas possíveis implicações.
Esta situação já é comum pelo menos entre as empresas que, de maneira direta ou indireta, se certificaram dentro de programas correlacionados como o OEA, C-TPAT, ISO 28000 ou outros, e ainda por empresas que comercializam com países que levam em consideração as políticas de proteção contra atividades ilegais procedentes do exterior e que buscam uma melhor proteção de suas fronteiras nacionais, estes são os casos de países como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão, muitos países da Europa, entre tantos.
Visto isto, o conceito atual de segurança nos centros logísticos de distribuição, que atuam com operações de recebimento ou expedição de mercadorias para o exterior, passa a abarcar, um conjunto integral de ações, que objetivam assegurar a integridade de suas operações (controle de acesso de pessoas, administração de pátios, controles de estoques – entrada e saídas de mercadorias, controle e gestão da informação, etc.), e garantir de maneira ampla o atendimento ao aumento das exigências determinadas para estas operações e demais atividades realizadas nos centros logísticos de distribuição.
Para o próximo artigo será apresentado a gestão de boas práticas adotadas por estes recintos para a garantia de segurança nos processos relacionados à movimentação de mercadorias, incluindo as destinadas ao comércio internacional.
Artigo escrito por Daniel Gobbi Costa (dgobbi@allcompliance.com.br)
Graduado em Administração de Empresas e habilitação em Comércio Exterior, com especialização nas áreas de Logística, Qualidade, Recursos Humanos e Gerenciamento de Projetos. Atua desde 2007 em atividades de Auditoria e Consultoria nas áreas Logística e de Comércio Exterior participando de projetos de implementação e manutenção de controles internos, agora como Sócio/Responsável nas empresas Alliance Consultoria e Treinamento Empresarial (www.allcompliance.com.br) e Innova Consultoria Empresarial e Qualificação Executiva (www.innova-bpc.com.br). Master Coaching pela Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC).